Organizadora de marcha diz que conflito fora do congresso foi racismo e que acionará Justiça
Segundo Iêda Leal, participantes do evento foram agredidas sem razão por manifestante acampados no gramado; enfrentamento teve tiros, presos e spray de pimenta
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Por Carla Araujo e Isadora Peron
Atualização:
BRASÍLIA - A secretária de combate ao racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Iêda Leal, afiirmou que a confusão desta quarta-feira, 18, durante a passagem da Marcha das Mulheres Negras pelo Congresso foi resultado de racismo e os responsáveis serão acionados na Justiça. "Nós chamamos isso de racismo. E racismo é crime e nós vamos querer que as pessoas que cometeram crime sejam punidas", disse Iêda, que também é uma das organizadoras da Marcha. "Vamos cobrar do Judiciário medidas corretas para punir pessoas racistas."
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Segundo Iêda, ao passarem em frente ao acampamento do gramado do Congresso, onde estão reunidos principalmente grupos que defendem a intervenção militar no País, as participantes do evento foram agredidas sem razão. "Não tínhamos bomba, não temos armas", afirmou a militante, que foi recebida nesta quarta com algumas outras mulheres pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
O episódio, de acordo com Iêda, não foi relatado à presidente, pois a reunião com Dilma foi agendada para que o grupo pudesse apresentar uma pauta de reivindicações em defesa das mulheres negras de todo o País. "Houve um momento de tumulto, não estamos dizendo que não houve, mas essa não é prioridade da nossa vinda", explicou. "Não vamos entrar nessa provocação", afirmou, ressaltando que o tema de violência contra a mulher foi debatido com a presidente, mas sem especificar o episódio.
Os intervencionistas acusaram as integrantes da marcha de destruírem barracas e o boneco inflável gigante do general Antonio Hamilton Martins Mourão. Membros da passeata, por sua vez, acusaram os intervencionistas de atirar e jogar bombinhas nos integrantes do ato.
Protestos em Brasília acabam em confusão
1 / 10Protestos em Brasília acabam em confusão
Acampamento do MBL
Polícia Legislativa retira barracas de acampados do Movimento Brasil Livre (MBL) em frente ao Congresso Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
Acampamento do MBL
Polícia Legislativa retira barracas de acampados do Movimento Brasil Livre (MBL) em frente ao Congresso Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
Acampamento do MBL
Polícia Legislativa retira barracas de acampados do Movimento Brasil Livre (MBL) em frente ao Congresso Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
Acampamento do MBL
Polícia Legislativa retira barracas de acampados do Movimento Brasil Livre (MBL) em frente ao Congresso Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
Confusão no Congresso
Deputado Paulo Pimenta (PT-RS) é atingido por gás de pimenta durante confusão da Marcha das Mulheres Negras, em frente ao Congresso Nacional Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
Deputado Paulo Pimenta é atingido por spray da polícia
Deputado foi atingido pelo gás de pimenta quando foi verificar o que estava causando a confusão em frente ao Congresso Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
Confronto entre manifestantes
Confrontoaconteceu entre integrantes daMarcha das Mulheres Negras emanifestantes que pedem a intervenção militar no País que estão acampadosno gramado Foto: Andrpe Dusek/Estadão
Deputado cai no chão após ser atingido por spray de pimenta
"Me pegaram por trás, não deu para ver nada", afirmou Paulo Pimenta, antes de ser atendido no posto médico do Congresso Foto: EVARISTO SÁ/AFP PHOTO
Marcha das Mulheres Negras
A Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver em Brasíliareuniumulheres de todos os Estados e regiões do Brasil em frent... Foto: NDRE DUSEK/ESTADÃOMais
Enfrentamento de manifestante treminou em tiros e prisões
Manifestantes contrários ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha,entrarm em confronto com grupo que pede intervenção militar no País Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO