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Orçamentos do ano que vem focam a área social

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Por Redação
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A menos de um ano das eleições, as Câmaras se preparam para aprovar orçamentos de 2008 em 22 das 26 capitais. Do total, apenas três cidades não pretendem ampliar gastos na área social em relação ao fixado para este ano, se consideradas despesas em educação e saúde.Manaus (AM) e Rio Branco (AC) têm até o fim deste mês para encaminhar os orçamentos. Palmas só precisa enviar os valores à Câmara, o que deve ocorrer até o final de novembro. Em cinco capitais, o avanço será superior a 20% sobre o orçamento deste ano. Em nove cidades, a variação varia de 10% a 19%. Outras cinco capitais manterão a estabilidade ou terão um aumento de até 9%. Florianópolis (SC) e Vitória (ES) lideram o ranking, com alta de 25%. Possível candidato à reeleição, o prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PSDB-SC), planeja investir R$ 158 milhões em educação, número que sobe para R$ 178 milhões na saúde. O orçamento de Vitória subirá 22% de 2007 para 2008. E pretende-se aplicar 25% na área social. O prefeito João Coser (PT-ES) estima que "os investimentos sociais cheguem a 51% do orçamento do ano que vem". Também possível candidato, ele nega o interesse eleitoral. "Minha meta é apenas administrativa." Com orçamento de R$ 25 bilhões para 2008, São Paulo quer aplicar 41% do total em saúde e educação, uma alta de 22%. Nas capitais gaúcha e paraense, esse investimento deve acompanhar a alta do orçamento. Porto Alegre (RS) estima um acréscimo de 5% e Belém (PA) de 3%. Goiânia (GO) calcula alta de 4% no orçamento. O índice deve se repetir na educação enquanto a Saúde deve ter queda de 2%. Macapá (AP) terá alta de 22%, sendo que somente na educação as despesas devem subir 27%. Em Maceió (AL), são estimados investimentos 13% superiores aos deste ano. Campo Grande (MS) aparece entre as nove capitais na faixa de crescimento intermediário, com aumento na área social de 14%. A cidade construiu o orçamento de 2008 com base no programa Comunidade Viva. "A cidade está dividida em regiões. Cada região tem um conselheiro e cada conselheiro informa quais são as prioridades", diz o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB-PB). O líder da oposição, Marcos Alex (PT-PB), classifica o aumento como "uma vacina para o ano eleitoral". Em Porto Velho, a alta será de 19%. O secretário geral da oposição, Gerson Acursi (PSDB - RO) diz que o PT "ampliou o Bolsa-Família e o Pró-Jovem visando reeleição". Das três capitais onde os recursos para a área social terão queda, João Pessoa (PB) se destaca com uma redução de 51%. O secretário de Planejamento, Luciano Agra, diz que a prefeitura decidiu, em 2008, adotar um orçamento "mais real em relação à capacidade do município". O prefeito Ricardo Coutinho (PSB) diz que o gasto contabilizado até setembro deste ano na Saúde respondeu apenas por 17,6% do orçamento. A previsão em 2008, segundo ele, é de ampliar em 58% o valor que de fato será executado em 2007.

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