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Orçamento de Serra é aprovado

Em 2009, governador terá 128,6% a mais para investimentos do que no primeiro ano de seu mandato

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Por Silvia Amorim
Atualização:

Com um aumento de 128,6% nos investimentos em três anos, o Orçamento paulista para 2009 foi aprovado ontem pela Assembléia Legislativa. Para o próximo ano, o segundo maior Orçamento do País - só perde para o da União - está estimado em R$ 118,2 bilhões. Desse montante, R$ 20,6 bilhões estão reservados para investimentos, um crescimento de 62% em relação ao previsto para 2008 e de 128,6% em comparação ao primeiro ano do governo José Serra (PSDB). Esse é o principal destaque do Orçamento, bastante comemorado por Serra, principal nome da oposição hoje para a disputa presidencial em 2010. A marca é recorde. Segundo dados da Secretaria da Fazenda, no governo anterior a média de investimentos ficou em R$ 5,9 bilhões por ano. Na gestão Serra, deve subir para R$ 14,6 bilhões. São recursos a serem aplicados, em sua maioria, nas bandeiras de campanha do governador, como ampliação da rede de metrô, compra de trens, programa de recuperação de estradas e construção de escolas técnicas. Contratação de empréstimos, venda de bens do Estado e uma dose de economia nos gastos - com renegociação de contratos com fornecedores e redução dos cargos de confiança - explicam a fórmula para o aumento de investimentos. Os financiamentos internacionais têm o maior peso nesse tripé. A estimativa é de que entrem nos cofres estaduais R$ 3,4 bilhões em operações de crédito no próximo ano, um aumento de 549% em relação a 2007, quando foram previstos apenas R$ 521,1 milhões em empréstimos. As alienações de bens aumentarão 131% no mesmo período. A venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil renderá R$ 5,36 bilhões ao governo, dos quais quase R$ 3 bilhões já em 2009, obrigatoriamente aplicados em investimentos. Serra também vendeu a folha de pagamento dos servidores e faturou logo no início da gestão R$ 2 bilhões. A concessão do Rodoanel e de novas rodovias resultou em reforço de R$ 5,5 bilhões adicionais. Toda essa movimentação gerou críticas da oposição, que votou contra o Orçamento. Mesmo assim, foi aprovado com facilidade - 55 votos a favor e 16 contra. A pasta da Educação continua abocanhando a maior fatia - R$ 22,3 bilhões. Em seguida, vêm Saúde, com R$ 12,3 bilhões, e Transportes, com R$ 11,6 bilhões. Votado o Orçamento, os deputados entraram em recesso.

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