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Orçamento da UFRJ é insuficiente, diz vice-reitor

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de ter negociado o pagamento da dívida de R$ 7,7 milhões com a Light, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) enfrenta o risco de ter outros serviços suspensos. A instituição deve R$ 2,4 milhões para a Telemar, concessionária de telefonia fixa do Estado. O setor de finanças da universidade está levantando dívidas com outros fornecedores. "Há necessidade de equacionamento do orçamento, que hoje reconhecemos ser totalmente deficiente para cobrir necessidades de uma universidade do porte da UFRJ nas atividades de ensino, pesquisa e extensão", afirmou o vice-reitor Sérgio Fracalanzza. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, já assegurou o repasse emergencial de R$ 10 milhões para obras de infra-estrutura, com a condição de que o dinheiro não seja usado para o pagamento de fornecedores. O reitor Carlos Lessa disse que vai cobrar da Light o ressarcimento dos danos materiais causados à UFRJ pelo corte no fornecimento de energia. Levantamento feito hoje mostrou que os prejuízos foram inferiores ao que o reitor acreditava. O maior problema ocorreu no Instituto de Neurologia, na Praia Vermelha, onde 60 amostras de sangue que estavam sendo processadas para análise ficaram inutilizadas com a falta de luz. Os pacientes serão convocados para retirar sangue novamente. Além disso, queimaram duas fontes de 300 watts, dois pentes de memória RAM, um disco rígido e um nobreak. O reitor disse que, a princípio, tentará negociar com a Light a reposição das peças. Se nada ficar acertado, a universidade entrará na Justiça. Pela manhã, Lessa havia calculado prejuízos maiores. "Nós tivemos sérios prejuízos materiais. Sei do motor de um elevador que queimou, de problemas com equipamentos importantes da rede de informática da Praia Vermelha e com computadores da Reitoria, fora os exames clínicos e internações", disse. A assessoria de imprensa da UFRJ informou que o reitor se equivocou porque os técnicos haviam desligado uma chave da casa de máquina dos elevadores, antes do apagão, o que foi confundido com um defeito. A coordenadora da Praia Vermelha, Cristina Frade, negou pane nos computadores. De acordo com a assessoria, Lessa se enganou com informações "truncadas". Hoje, a situação voltou a ser normalizada no câmpus da Praia Vermelha e no prédio da reitoria, que ficaram sem luz por dois dias.

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