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Oposição vai gerir mais de 50% do PIB

Com outras 4 vitórias no segundo turno, PSDB e DEM agregam mais R$ 125 bi à sua fatia da riqueza nacional

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Por Redação
Atualização:

RIO - O "corredor de oposição" conquistado nos dois turnos pelo PSDB e pelo DEM nas disputas pelos governos estaduais em 2010, que corta o País na direção sul-noroeste, reunirá Estados que, juntos, somam mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O resultado, de certa forma, contrabalança a derrota da chapa tucano-demista na disputa pela Presidência, anteontem - a terceira desde 2002 -, e pode ajudar seus integrantes a montar uma aliança forte para brigar pelo Palácio do Planalto em 2014.

 

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Há, contudo, limites nessa estratégia, porque o controle das máquinas administrativas estaduais não resulta, necessariamente, em vitória eleitoral. Foi o que ocorreu agora, quando o PSDB, mesmo governando São Paulo e Minas Gerais há mais de um mandato, foi derrotado por mais de 12 milhões de votos no segundo turno da eleição presidencial pela candidatura da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT).

 

Com os resultados de 2010, o PSDB e o DEM somarão no ano que vem ao controle sobre Estados que têm respectivamente o primeiro PIB estadual do País (São Paulo, mais de R$ 900 bilhões) e o terceiro (Minas Gerais, acima de R$ 240 bilhões), e ainda administrações de Estados que conquistaram este ano. São o Paraná (quinto PIB, mais de R$ 160 bilhões) e Santa Catarina (sétimo, mais de R$ 100 bilhões. Até o fim deste ano, o controle sobre as administrações paranaense e catarinense ainda estará com o PMDB, partido que se divide entre apoiar, se opor ou ficar neutro em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Os oposicionistas também amealharam para seu campo os governos de Goiás (PIB acima de R$ 60 bilhões), Tocantins (mais de R$ 11 bilhões), Pará (em torno de R$ 50 bilhões) e Roraima (mais de R$ 4 bilhões). Fora do "corredor da oposição" iniciado, que vai de Santa Catarina (será governada pelo demista Raimundo Colombo) a Roraima (com mandado, a partir de 1 de janeiro, do tucano Anchieta Júnior), também são relacionados dois Estados: Rio Grande do Norte (mais de R$ 22 bilhões, a ser governador pelo DEM) e Alagoas (mais de R$ 22 bilhões, a ser administrado, em reeleição, pelo tucano Teotônio Vilela Filho).

 

Partidos da base do governo federal controlarão os governos de boa parte dos Estados mais pobres. Uma das exceções, o governo do Rio, que tem o segundo maior PIB da Federação, perto de R$ 300 bilhões e elegeu, para mais um mandato, Sérgio Cabral Filho (PMDB) para governá-lo.

 

Outra é o Rio Grande do Sul, em quarto lugar no ranking da produção de riqueza, em torno de R$ 170 bilhões, e que foi reconquistado pelo PT no primeiro turno, quando Tarso Genro foi eleito. Outro Estado que continuará com um governo estadual alinhado ao Palácio do Planalto será a Bahia, cujo PIB se aproxima de pouco mais de R$ 100 bilhões e é o sexto do País. Lá, o governador Jacques Wagner (PT) foi reeleito com facilidade no primeiro turno.

 

A esse Estados de PIB notável que já controlava, o PT conseguiu somar o governo do Distrito Federal. Apesar de ter precisado do segundo turno para derrotar Weslian Roriz (PSC), Agnelo Queiroz conseguiu vencê-la com facilidade. Com seus funcionários públicas bem-remunerados, a capital federal tem um PIB em torno de R$ 100 bilhões - o oitavo do Brasil.

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