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Oposição tenta CPI mista para cartões,mas Chinaglia acha difícil

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Por Redação
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Mesmo com a iniciativa do governo de investigar o uso de cartões corporativos em uma CPI no Senado, a oposição montou um esquema de guerra para colher assinaturas que permitam uma CPI mista com o mesmo fim. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor do requerimento para a CPI mista, disse que a oposição acredita na instalação da comissão e por isso se articula para colher as assinaturas. Encabeçam a colheita os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), Luiza Erundida (PSB-SP), Julio Delgado (PSB-MG), Raul Jungmann (PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ). No Senado, estão encarregados os líderes Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino Maia (DEM-RN). São necessárias no mínimo 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. O objetivo da oposição é protocolar o pedido na quarta-feira. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a CPI mista defendida pela oposição é tecnicamente possível, mas politicamente difícil. "Nesta corrida o governo saiu na frente", afirmou, acrescentando que acha pouco provável a coexistência de duas CPIs para um mesmo assunto. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quinta-feira que, atendidas as determinações constitucionais, a CPI proposta pelo governo para investigar os cartões corporativos deve ser instalada. "Se a CPI estiver nos termos da lei, da Constituição e do regimento não há o que discutir", disse Garibaldi a jornalistas. Apesar desta posição, Garibaldi afirmou que vai reunir os líderes dos partidos na próxima terça-feira para debater o assunto. Na quarta-feira, data do início do ano legislativo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), formalizou requerimento para a instalação de uma CPI para apurar irregularidades com cartões corporativos, mas retroativa a 1998, o que também atinge o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. (Texto de Carmen Munari; Edição de Mair Pena Neto)

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