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Oposição recebe bem disposição de Bastos ir ao Congresso

Até o fim de semana, a intenção do governo era empurrar a ida de Bastos ao Congresso para depois do feriado da Semana Santa

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Por Agencia Estado
Atualização:

A iniciativa do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de ir ainda esta semana ao Congresso prestar esclarecimentos sobre a violação da conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa foi bem recebida na oposição. Os oposicionistas querem saber que tipo de atuação Bastos teve no episódio. "O ministro da Justiça está em um governo que opera no limite da legalidade. Às vezes dentro, às vezes fora. Talvez seu papel seja o de alertar para esse limite, o que faz correr o risco de se contaminar. É como quem trabalha com material radioativo ou substâncias perigosas. E esse governo é perigoso. O ministro deve correr para dar sua versão. Estamos dispostos a ouvir, com respeito", disse o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA). Autor do requerimento que convocava o ministro, e agora não precisará mais ser votado, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ironizou a disposição do ministro de falar aos parlamentares, depois da notícia publicada no fim de semana de que Bastos participou de reunião, no dia 23 de março, com o então ministro da Fazenda Antonio Palocci, o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e com o advogado criminalista Arnaldo Malheiros. Bastos confirma a reunião, mas nega que no encontro tenha sido discutida uma forma de proteger as autoridades envolvidas na quebra ilegal do sigilo bancário de Francenildo. Até o fim de semana, a intenção do governo era empurrar a ida de Bastos ao Congresso para depois do feriado da Semana Santa. "O ministro está como biruta de aeroporto. Uma hora ia para um lado, depois para outro. Ele irá, queira ou não queira. O melhor é que ele vá depor por vontade própria. O escândalo é de tal monta que agora resta a ele bancar o democrata e ir. E é sempre bom lembrar que o presidente nomeia (ministros e colaboradores), mas quem demite é a sociedade", disse Virgílio.

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