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Oposição reage à possibilidade de controle de CPI pelo governo

Decisão de não negociar esses cargos teria sido tomada em reunião de Renan Calheiros com o presidente Lula

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Por Redação
Atualização:

A oposição já reage à informação de que teria sido preterida na composição dos cargos de direção - relatoria e presidência - da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A decisão de não negociar esses cargos teria sido tomada na segunda-feira, na reunião do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pré-acordo foi costurado pelo PMDB e PTB com o Democratas (DEM) e, por ele, caberia ao senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) a presidência da comissão.

 

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O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), evita comentar o assunto antes de uma conversa com Renan Calheiros. "Se eles tinham uma posição tomada terão que dizer. O PTB e o PMDB tinham a intenção anunciada (de ceder a presidência ao DEM) e terão que dizer e não vai ser pela imprensa", disse José Agripino à Agência Brasil.

 

O líder democrata acrescentou que conversará com Renan Calheiros ainda nesta terça-feira. O DEM e o PSDB também devem ter uma reunião à tarde. O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), passou o fim de semana em Manaus e deve chegar a Brasília por volta do meio-dia.

 

Já no PSDB a reação foi mais incisiva. O presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), avalia que controlar os cargos da CPI é uma "decisão radical do governo de não investigar nada". Sérgio Guerra disse ainda que não participou de qualquer conversa com os peemedebistas e petebistas para negociar a partilha da direção.

 

Entretanto, os tucanos reivindicavam que o autor do requerimento de criação da CPI, senador Álvaro Dias (PR), fosse indicado para presidir a comissão. "Não falei com o Renan e não vou conversar", afirmou Guerra, ao ser questionado se, assim como José Agripino, procuraria o líder do PMDB para tratar do assunto. "Esse é um problema do governo", completou.

 

Para o presidente do PSDB, mesmo com minoria de três senadores contra oito governistas, "os próprios fatos" objeto da comissão obrigarão uma investigação sobre as supostas irregularidades na Petrobras.

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"Os fatos vão mostrar que nossa previsão está certa. Primeiro, que há muito o que se investigar (na Petrobras) e, segundo, que o governo federal está com receio da investigação e isso não tem nada a ver com as ações da Petrobras", disse o senador tucano.

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