Oposição questiona Chinaglia sobre contratação de advogado

Deputado designou ex-ministro do TSE para acompanhar julgamento

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Por Brasília
Atualização:

A decisão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de designar o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Fernando Neves para representar a Casa no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre fidelidade partidária provocou críticas de partidos de oposição. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), formalizou ontem um pedido de informações para que Chinaglia explique os motivos da escolha e da contratação. No requerimento, o PSOL pede que o presidente da Câmara informe as justificativas, se houve processo licitatório para o contrato, qual tipo específico de serviço prestado, se houve pagamento de honorários e, ainda, por que não foi utilizado o serviço de um dos advogados da Casa. "A Câmara possui excelentes assessores jurídicos e de alto nível técnico, que podem perfeitamente representá-la no Supremo. Além disso, nosso compromisso é com a transparência e a austeridade", afirmou Chico Alencar. O líder do DEM, deputado Onyx Lorenzoni (RS), também criticou a decisão de Chinaglia. "Foi um erro do presidente porque ele tomou parte. O advogado foi lá defender que a fidelidade tinha de valer daqui para frente, ou seja, ele foi parte atuante para tentar obter um benefício para aqueles que traíram o eleitor e os seus partidos", afirmou. Lorenzoni também disse que a Câmara tem um corpo jurídico que poderia representá-la na hipótese de um acompanhamento do julgamento. "Foi jogar dinheiro público fora e sem nenhuma razão."

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