
11 de dezembro de 2012 | 11h01
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que vai propor na reunião da bancada, no início da tarde, a aprovação de um requerimento de convite para Valério comparecer a uma comissão da Casa, possivelmente a de Constituição e Justiça. "É o capítulo ainda não escrito do mensalão, que deve ser escrito por exigência nacional", afirmou. O tucano disse ter informações de que Valério entregou ao Ministério Público "provas materiais" do que falou.
O presidente do DEM e líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN), classificou o assunto de "gravíssimo" e disse que o mínimo a ser feito é tentar levar o empresário, conhecido como operador do mensalão, ao Congresso.
Segundo Agripino Maia, é necessário avaliar a possibilidade de ser ouvido também o ex-assessor da Presidência Freud Godoy, cuja empresa, segundo Valério, teria recebido o repasse de recursos para pagar as despesas do ex-presidente. Maia disse que vai se reunir com lideranças da oposição para traçar, ainda hoje, qual estratégia a adotar.
Lula no Congresso
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), disse que analisa com a área jurídica do partido a possibilidade de convite a Lula. "Sempre há uma expectativa forte de que ele (o ex-presidente) era o grande chefe de todos", afirmou. "A reportagem do Estado vem confirmar tudo aquilo que vinha sendo dito sobre ele", completou. "Ele tem que se explicar"
O líder do PSDB no Senado disse que a oposição não tem votos para aprovar um convite ao ex-presidente. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que foi sub-relator da CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão, defende também a aprovação do comparecimento de Valério em comissões da Câmara.
Mas para o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), a presença de Valério no Congresso é desnecessária, no momento. "Acho que o melhor é deixar (a investigação) no âmbito do Ministério Público. Este ano não dá mais tempo para nada", afirmou.
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