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Oposição propõe acordo para suspender obstrução na Câmara

PSDB, PFL e PSB permitirão votações somente se a CCJ não votar na terça o recurso do PT contra a CPI, e se Chinaglia enviar informações ao STF rapidamente

Por Agencia Estado
Atualização:

Os líderes dos partidos de oposição (PSDB, PFL e PPS) propuseram, na tarde desta segunda-feira, ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), um acordo pelo qual suspenderiam a estratégia de obstruir as votações enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não responder ao pedido deles para que mande a Câmara instalar a CPI do Apagão Aéreo. Em reunião com Chinaglia, os líderes oposicionistas - deputados Onix Lorenzoni (PFL), Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) e Fernando Coruja (PPS) - disseram a Chinaglia que suspenderiam a obstrução se a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa não votar na terça-feira o recurso do PT contra a CPI e se Chinaglia responder de forma rápida ao pedido de informações feito pelo STF para tomar uma decisão sobre o pedido dos oposicionistas. Chinaglia disse que ouvirá o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), e que, dentro de aproximadamente uma hora, dará uma resposta à proposta de acordo feita pela oposição. Os líderes oposicionistas lembraram que os episódios de atrasos de vôos no fim de semana reforçam a necessidade de instalação da CPI. Eles lembraram que até agora não houve quórum para começar a parte da sessão da Câmara reservada às votações, porque os deputados não conseguem chegar a Brasília por causa da crise no tráfego aéreo. Até às 16h30, registraram presença no plenário 168 deputados, mas, para que sejam realizadas votações, é necessário o quórum mínimo de 257 deputados em plenário. "Não dá para o governo continuar alegando que (o tráfego aéreo) está em plena normalidade e que não há fato para a instalação da CPI", afirmou Pannunzio.

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