BRASÍLIA - O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse, por meio de nota divulgada à imprensa, que a saída do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, "não elimina a necessidade de investigação sobre o suposto esquema de cobrança de propina na pasta".
"Há fortes indícios de que existe um mensalão no Ministério dos Transportes e a saída do ministro não pode ser um ponto final na história. O Ministério Público precisa investigar, mensurar a extensão dos danos à sociedade e pedir o ressarcimento aos cofres públicos dos recursos que possivelmente foram desviados", disse.
A nota da liderança do PSDB na Câmara informa ainda que Nogueira solicitou nesta quarta-feira, 6, à Procuradoria-Geral da República (PGR) que inclua o filho de Nascimento, Gustavo Morais Pereira, cujo patrimônio aumentou em 86.500% em dois anos, entre os investigados e que seja apurada a origem do dinheiro acrescido ao patrimônio. Na terça-feira, 5, o líder do PSDB protocolou na PGR representação pedindo a abertura de investigação sobre a conduta de Nascimento e dos quatro servidores que foram afastados de seus cargos por conta das denúncias.
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), elogiou as providências tomadas pela presidente Dilma Rousseff, mas criticou a demora com que foram anunciadas. "A presidente merece nossos elogios, mas não adianta ser pela metade. Não pode ter autoridade pela metade. Tem que ter o afastamento e a punição", alertou Guerra.
Auditoria. Oito servidores foram designados para auditar, até o dia 31 de agosto, as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes e órgãos vinculados. Portaria da Controladoria Geral da União, com a nomeação dos servidores, foi publicada nesta quinta-feira, 7, no Diário Oficial da União. / Colaborou Rosana de Cassia