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Oposição pressiona Cunha a decidir sozinho pela abertura de impeachment de Dilma

Líderes estiveram com presidente da Câmara para discutir estratégias de um eventual processo para afastar a petista

Por Daniel de Carvalho e Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília – Líderes da oposição reuniram-se na manhã desta terça-feira, 13, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na residência oficial do peemedebista, para discutir a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Eles pressionaram Cunha para que, mesmo fragilizado pelas denúncias de corrupção, ele assuma o protagonismo da situação e acate o pedido de impedimento apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

O encontro reuniu os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), do DEM, Mendonça Filho (PE), do PPS, Rubens Bueno (PR), do PSB, Fernando Filho (PE), da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), além do presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Fabio Motta/Estadão

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De acordo com participantes, Cunha disse apenas que pensaria na possibilidade de contrariar o acordo estabelecido originalmente. A ideia inicia era que Cunha rejeitasse o pedido de impeachment para que a oposição apresentasse recurso, que seria votado em plenário.

Nesta terça-feira, a oposição apresentará um aditamento ao pedido de impeachment dos juristas para incluir documento do Ministério Público de Contas que aponta para a ocorrência das chamadas “pedaladas fiscais” também em 2015, o que derrubaria o argumento de que os opositores estão se baseando em irregularidades de mandato anterior para pedir a saída de Dilma. De acordo com relatos de participantes, Cunha disse que os líderes têm até o final desta tarde para apresentar o aditamento.

Liminar. Durante a reunião, Cunha e oposicionistas souberam da liminar concedida pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo o rito do processo de impeachment apresentado por Cunha em resposta a uma questão de ordem de Mendonça Filho.

Ainda durante o encontro, os deputados decidiram recorrer da decisão. O governo tem outros três mandados de segurança protocolados no STF questionando o “manual” elaborado por Cunha.

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