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Oposição pede vista e relatório da CPI será votado na 5ª

Relator petista já adiantou que não irá pedir indiciamento de ninguém por acusações sobre gastos

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Por Redação
Atualização:

A presidente da  CPI dos Cartões Corporativos, Marisa Serrano (PSDB-MS), acaba de marcar para a próxima quinta-feira a votação do relatório final, apresentado nesta terça-feira, 3, pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RS). Marisa concedeu vista coletiva do texto. O relator confirmou que não pedirá indiciamentos, mas disse que o documento vai ser enviado ao Ministério Público, que poderá fazê-lo.   Veja também: Veja o dossiê com dados do ex-presidente FHC  Entenda a crise dos cartões corporativos  Teste seus conhecimentos: quem diz o que sobre o dossiê  Em 139 páginas de relatório, fora os anexos, Luiz Sérgio não reconhece sequer a existência de irregularidades com o uso do cartão corporativo. Ele se refere às irregularidades como "equívocos", "problemas" e "utilização inadequada". O relator aproveitou para listar o nome de cinco ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso que, segundo Luiz Sérgio, cometeram irregularidades com o uso de recursos das chamadas contas Tipo B. De dois deles, (Raul Jungmann e Francisco Welffort), Luiz Sérgio pede que eles devolvam aos cofres públicos o dinheiro gasto irregularmente. Ao final do relatório, o relator apresentou proposta para a melhoria do uso do cartão corporativo e defendeu o restabelecimento de pagamento de diárias aos ministros de Estado, que perderiam o direito do cartão corporativo. "Acho que o relator está no mundo da Disney, no mundo encantado do Pato Donald e do Pateta, porque segundo ele ninguém usou o cartão indevidamente. Vamos acabar a CPI em uma grande pizza", reclamou o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA). Integrantes da oposição anunciaram a apresentação de um texto paralelo, em que se diz nos bastidores que há a possibilidade de pedido de indiciamento de ministros petistas. O anúncio foi feito pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Índio da Costa (DEM-RJ) e Vic Pires Franco (DEM-PA). Instalada em 11 de março após denúncias publicadas na imprensa em fevereiro, a CPI pouco avançou na investigação de desvio de recursos por integrantes do Executivo que fazem uso de cartões corporativos. "Gastos excêntricos e abusivos teriam de ser devidamente investigados e combatidos aqui. Nas duas administrações em tela a situação anunciada é de um certo esmorecimento na investigação e quem sabe não se deva a um incômodo", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), membro da CPI. O relatório não faz referência ao caso do dossiê com gastos do governo Fernando Henrique Cardoso, que veio a público durante a vigência da comissão. Os dados saíram da Casa Civil, que confirma a existência de um banco de dados sobre os gastos dos cartões, mas nega a confecção do material divulgado. (Com Reuters)

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