Brasília - Os partidos da oposição ao governo de Dilma Rousseff madrugaram na fila de apresentação de requerimentos à CPI da Petrobrás. Os oposicionistas esperam que, assim, seus requerimentos tenham prioridade de apreciação nas votações da comissão.
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), por exemplo, mandou um de seus assessores chegar às 4h na sala da CPI. O segundo a chegar, às 4h35, foi um funcionário do DEM, seguido por um funcionário do PPS, às 6h.
Quando a sala abriu, às 9h, o tucano conseguiu ser o primeiro a protocolar requerimentos -- ele quer, por exemplo, que a comissão convoque empreiteiros presos pela Lava Jato para prestarem depoimento na Câmara.
Segundo os oposicionistas, é importante apresentar na frente os requerimentos porque, após o STF decidir que vetos presidenciais devem ser votados pelo Congresso em ordem cronológica, essa regra deve valer para todo tipo de votação.
A oposição também temia que, caso os governistas protocolassem os primeiros requerimentos, a comissão ficasse travada. Eles dizem que o governo podia ter o primeiro requerimento e obstruir a pauta de votações com esse fundo.
Técnicos da CPI avaliam o entendimento da oposição como duvidoso porque cabe ao presidente da comissão organizar a pauta de cada sessão. O presidente é o governista Hugo Motta (PMDB-PB). Para os técnicos, é preciso esperar para ver como será o andamento das reuniões da atual CPI para saber como será a apreciação dos requerimentos.