Oposição diz que novo mínimo traz desesperança e decepção

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Por Agencia Estado
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Os líderes dos partidos da oposição, PSDB e PFL, lamentaram o novo valor do salário mínimo, fixado hoje pelo governo em R$ 260. Para o vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Valter Feldman (SP), o novo mínimo é do tamanho do governo. "Pequeno, insuficiente, produtor de desesperança". "O governo não conseguiu produzir uma economia suficiente para cumprir seu compromisso de dobrar o salário mínimo", afirmou. Ele disse que se for avaliado que o reajuste está acontecendo 13 meses após o último aumento (nos últimos anos o salário era reajustado em 1º de abril), o aumento real foi próximo de 1%, inferior, segundo Feldman, ao do ano passado, que foi de 1,8%. O líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia, avaliou que a sociedade, sobretudo quem ganha salário mínimo, está "profundamente decepcionada" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que se for considerado o rendimento anual do trabalhador, que já perdeu o reajuste no mês de abril, o valor anunciado praticamente repõe o valor de compra do ano. "Essa decisão é mais uma coluna de sustentação da proposta do governo Lula, que desaba. A sociedade vê que o Lula candidato não tem nada a ver com o Lula presidente", disse Aleluia. Na avaliação de líder pefelista, envolver o salário-família nessa decisão é uma agressão à inteligência do pobre que ganha um salário mínimo. "É também uma forma de colocar fumaça sobre a confissão de que o PT tinha um discurso falso e Lula tinha uma proposta falsa", disse. Ele afirmou que o partido vai trabalhar com as oposições para tentar alterar a proposta na Câmara. "Há margem para fazer um pouco mais, sem demagogia", disse.

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