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Oposição 'busca criar fatos políticos' com dossiê, diz Tarso

Para ministro, partidos de oposição estão usando o suposto dossiê de olho nas eleições municipais deste ano

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Por Eugênia Lopes
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Cartões Corporativos está esvaziada e, por isso, a oposição "busca criar fatos políticos" em cima do suposto dossiê de gastos da Presidência da República com cartões e contas tipo B feitos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e sua mulher, Ruth. Na avaliação do ministro da Justiça, os partidos de oposição estão usando o suposto dossiê de olho nas eleições municipais deste ano. Veja também:Ouça a íntegra do discurso irritado de Lula  IMAGENS: Os momentos de 'amor e ódio' de FHC e Lula  ENQUETE: A CPI dos Cartões deve quebrar sigilo de Lula e FHC?  Entenda a crise dos cartões corporativos   FHC cobra dados de cartão de Lula, que reage e diz que fará sucessor Relação, já conflituosa, azedou com mensalão Em sessão marcada por bate-boca, CPI rejeita convocação de Dilma PSDB pede apuração de vazamento sobre dossiê "O presidente Lula tem quase 70% de aprovação e a oposição precisa preparar algum gesto, algum argumento em direção a 2008. E tenta isso em cima de alguns fatos", disse Genro. Para ele, as CPIs hoje "sobrevivem enquanto fatos políticos da disputa entre governo e oposição". "A CPI dos Cartões vai nessa mesma direção, porque a modernização dos controles e a transparência já estava sendo feita pelo governo Lula. Então ela (CPI) se esvaziou e quando ela se esvaziou surgiu um outro fato para debate nacional", afirmou o ministro da Justiça. Tarso Genro garantiu ainda que não existe "nenhum dossiê" contra o ex-presidente Fernando Henrique. "Este é um fato que vai se manter enquanto fato político, enquanto for importante para oposição com suas tropas minoritárias no Congresso", observou. "A oposição tem o direito de arregimentar suas forças em torno de fatos políticos para bloquear, no caso concreto, o sucesso do governo Lula", completou.

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