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Oposição anuncia obstrução contra reforma tributária

Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

Em reunião com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), os líderes dos partidos de oposição reafirmaram que estão em obstrução até que o governo desista de votar a reforma tributária ou modifique o texto apresentado pelo relator, deputado Sandro Mabel (PR-GO). Numa tentativa de reverter a decisão da oposição, os líderes do governo convidaram a oposição para uma reunião com técnicos do Executivo na manhã de amanhã. "Queremos ouvir o governo e saber em que pontos ele está disposto a ceder, sem compromisso prévio de votar, e, a partir daí, tomar uma decisão se vamos rever a obstrução", afirmou o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). Na avaliação do líder do DEM, a proposta aumenta a carga tributária e tem várias concessões feitas formando uma colcha de retalhos. O líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), afirmou que, na reunião de amanhã, a oposição vai verificar se é possível evoluir para algum entendimento sobre a reforma tributária. Aníbal disse que nos últimos dias cresceram as imprecisões e dúvidas com relação à reforma. Segundo ele, foram concedidos um conjunto de incentivos. "Foi construída uma colcha de retalhos para acertar a votação na comissão", disse. Ele reafirmou a disposição do partido de obstruir as votações. "Não queremos avançar nenhuma pauta." Os líderes de oposição aceitaram apenas uma exceção na obstrução para votar hoje a proposta de emenda constitucional que regulariza a situação de 61 municípios que foram criados irregularmente. ACM Neto explicou que a votação desta proposta de emenda constitucional é necessária em função de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deu prazo para que estes municípios regularizem e fez um apelo para a aprovação de uma proposta que convalide a situação.

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