Oposição admite derrota na instalação da CPI

Por Agencia Estado
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A oposição reconheceu na noite desta quinta-feira que os governistas venceram a batalha contra a criação da CPI da Corrupção. O líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA), disse que a oposição não tem mais assinatura a apresentar e que, a partir de agora, a estratégia dos oposicionistas será a de denunciar a maneira pela qual o governo conseguiu a desistência de muitos parlamentares que haviam assinado o requerimento de criação da comissão. A ação dos oposicionistas inclui, segundo Pinheiro, desde o questionamento da interpretação dada pelo presidente do Congresso, senador Jader Barbalho (PMDB-PA), de que o requerimento deve ser arquivado (em vez de devolvido aos proponentes para que consigam novas adesões), até a denúncia dos métodos utilizados pelo governo para convencer parlamentares a desistirem do apoio à CPI. O deputado Henrique Fontana (RS), um dos vice-líderes do PT, disse que o governo venceu apenas o primeiro "round" da batalha em torno da CPI da Corrupção. "A partir de amanhã, vamos tentar desvendar esse acordo imoral feito para barrar a CPI. Queremos mostrar à opinião pública por que o presidente Fernando Henrique Cardoso e os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho - que viviam se agredindo mutuamente - voltaram a se dar as mãos", afirmou Fontana, acrescentando que, com a vitória, o governo ganhou o "Troféu Lama-no-Curto-Prazo". Fontana anunciou que a oposição continuará lutando para a instalação das CPIs que estão pendentes na Câmara, com ênfase na CPI do Proer, que é a terceira da fila aguardando oportunidade para instalação. Segundo Fontana, a oposição está pensando até em retirar o requerimento de criação da CPI do Sivam, que é o segundo da fila. Fontana lembrou que as CPIs do Desmatamento na Amazônia e da CBF/Nike estão para ser encerradas, tal como a CPI do Finor. Além de Pinheiro e Fontana, acompanha o desfecho da batalha em torno da CPI o deputado Aloízio Mercadante (PT-SP).

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