Operação-padrão dos policiais nos aeroportos será retomada

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Por Agencia Estado
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O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, disse hoje que os grevistas devem retomar a operação-padrão nos aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo a partir da próxima semana. "Em São Paulo, é possível que uma operação-padrão relâmpago aconteça ainda hoje no Aeroporto de Congonhas", adiantou Garisto, explicando que esse posicionamento vai depender da avaliação que está sendo feita pelo comando da greve". A operação deve atingir vôos nacionais e internacionais. Por enquanto, só o Rio Grande do Sul está sendo prejudicado pela operação que consiste na minuciosa checagem de bagagem e documentos dos passageiros. No início da greve, que já dura 44 dias, esse procedimento causou filas e demora de até quatro horas para os embarques. Segundo o presidente da Fenapef, na próxima sexta-feira o comando da greve vai decidir em assembléias regionais a estratégia a ser adotada nos demais Estados. "A intenção é ampliar a operação-padrão para todas as capitais". Francisco Garisto ameaçou também suspender a segurança de autoridades e testemunhas, com a adesão à greve dos cerca de 100 policiais envolvidos nessas ações. "No início da próxima semana vamos fazer um balanço e decidir sobre esse assunto", afirmou, sinalizando que a intenção da categoria é mesmo radicalizar o movimento em várias frentes. Pontos polêmicos Outro ponto polêmico abordado por Garisto diz respeito à decisão do governo de cortar o ponto dos policiais em greve. "Esta ameaça está sendo enfrentada com êxito pelo comando nacional da greve", disse o dirigente sindical, confirmando que já são 21 Estados onde a Justiça concedeu liminar proibindo o corte dos dias parados. A propósito, o Ministério da Justiça informou que está recorrendo das liminares e que o corte de ponto será retroativo ao dia 9 de março, data que a greve teve início. Sobre a autorização dada ontem pelo Ministério da Justiça para a realização de um concurso para a contratação de 3.684 profissionais para a Polícia Federal, entre agentes, peritos e escrivães, o presidente da Fenapef classificou o ato como "uma falta de consideração" e "uma provocação explícita". O edital, de acordo com o Ministério, deve sair em até 60 dias, sendo que, "no total serão contratados 607 delegados, 506 peritos, 705 escrivães e 1.866 agentes de polícia, que serão nomeados de forma escalonada até 2007." As informações são da Agência Brasil.

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