Operação Diamante não vai poupar ninguém, diz ministro

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Por Agencia Estado
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O ministro da Justiça, Paulo Tarso Ribeiro, afirmou nesta quinta-feira que as investigações sobre Leonardo Dias Mendonça vão continuar, mesmo que se identifique a participação de juízes, desembargadores federais e até mesmo ministros, além do deputado federal Pinheiro Landim (PMDB-CE). "O governo vai se portar com tranqüilidade. A lei é igual para todos", afirmou, confirmando que a Operação Diamante será estendida para outros Estados. Um desses deverá ser Tocantins, onde o traficante teve ou tem negócios. Segundo a Polícia Federal, Dias Mendonça e outros 22 presos que estão em Goiânia devem ser transferidos para a Superintendência da PF em Brasília. Por medida de segurança, o prédio da instituição está cercado por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM de Goiás. A possibilidade de os detentos serem enviados para o Núcleo de Custódia do Estado está praticamente descartada, por causa de outras fugas ocorridas no local. A polícia organiza novas operações nos mesmo moldes que a Diamante, para poder chegar a outras pessoas que tenham ligações com Dias Mendonça. O traficante esteve por algum tempo em Tocantins, onde chegou a ser monitorado pela Coordenação de Inteligência da PF. "A partir da análise do que foi apreendido, vamos estender as operações", confirmou um delegado. A repercussão das investigações e a suspeita sobre magistrados fizeram o presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, e o Ministério Público Federal discutirem o assunto, em um encontro realizado nesta quinta-feira. "O Judiciário precisa dar uma resposta mais rápida para que a sociedade brasileira não perca a crença nele", afirmou o subprocurador-geral da República, Eitel Santiago de Brito Pereira, durante o encontro. "É preciso identificar pontos burocráticos na tramitação dos processos para que se tenha maior agilidade, conforme espera a sociedade", acrescentou Vidigal.

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