
10 de junho de 2008 | 16h14
A Operação Capelinha, da Polícia Federal, descobriu nesta terça-feira, 10, uma organização criminosa que praticava fraudes contra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ( Pronaf). Segundo a assessoria do órgão, cerca de 80 policiais cumprem 14 mandados de prisão em Sorocaba, Itu, Taquarivaí e Buri, no interior de São Paulo. A denúncia diz que os acusados tomaram investimentos superiores a R$ 1, 3 milhão contraídos do extinto banco Terra com recursos do Pronaf.A investigação mostra que os acusados desviaram em benefício próprio, financiamento obtido junto ao Banco Terra em condições diferenciadas. O dinheiro seria destinado à compra de propriedade rural a ser dividida entre os associados, realização de benfeitorias e custeio da atividade rural. O grupo teria pressionado os membros da Associação dos Agricultores Familiares de Taquarivaí "a alienar suas terras por valores módicos" o que resultou na verdadeira expulsão das famílias e apropriação dos bens adquiridos por meio do financiamento. A PF iniciou as investigações depois que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) recebeu denúncia de um assentado. Os agentes identificaram o madeireiro Iranildes Lopes da Silva, de Itu, como o chefe da organização criminosa, do qual participava também Ademir Rodrigues de Barros, irmão de um ex-prefeito de Taquarivaí. Os advogados desses acusados informaram que só irão de manifestar depois de conhecerem a denúncia. Os presos foram levados para a superintendência da PF em São Paulo. A quadrilha, que seria composta por advogados, empresários e outros, responderá pelos crimes de extorsão, estelionato e formação de quadrilha, com penas que podem alcançar até 10 anos de reclusão. Texto atualizado às 17h40 (Com José Maria Tomazela, de O Estado de S.Paulo)
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