A Polícia Federal já prendeu 32 pessoas acusadas de desmatamento em Rondônia e Mato Grosso, durante Operação Daniel, desencadeada na manhã desta terça-feira. Cerca de 250 agentes da Polícia Federal, com a colaboração de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA). A Operação Daniel foi iniciada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante na região de Ji-Paraná, São Miguel, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Cacoal, Pimenta Bueno e outros municípios do Estado de Rondônia, integrada por empresários do ramo madeireiro, "lobistas" (aproveitadores que promovem a venda ilícita de ATPF e notas fiscais), contadores, advogados e alguns servidores do IBAMA. O esquema se utilizava de declarações falsas de compra e venda de madeira e reposição florestal, comercializadas pela quadrilha por valores que giram em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil cada uma. A quadrilha contava ainda com o suporte criminoso de policiais rodoviários federais lotados na cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, os quais garantiam o escoamento pelas rodovias federais do produto florestal retirado da Floresta Amazônica. Segundo a Polícia Federal, o grupo é integrado por empresários do ramo madeireiro, lobistas, contadores, advogados e servidores do Ibama. A quadrilha atuava de diversas maneiras promovendo o comércio de madeira ilicitamente retirada das unidades de conservação do Estado de Rondônia ou de desmatamentos desautorizados. Matéria atualizada às 11h45 para acréscimo de informações