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ONG de filho de Sarney é suspeita de desvio de recursos

Por AE
Atualização:

O Ministério da Cultura (MinC) estuda pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) tomada de contas especial para apurar indícios de desvio de dinheiro público pelo Instituto Mirante, organização não-governamental (ONG) presidida pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A entidade, segundo o jornal "O Globo", teria usado irregularmente os recursos, no montante de R$ 220 mil, captados junto à estatal Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), com base na Lei Rouanet. As irregularidades estão detalhadas em relatório de análise financeira, de outubro de 2008, sobre a prestação de contas final, entregue ao ministério pelo instituto. A ONG entregou sua defesa e o ministério deve concluir a análise dentro de duas semanas. Conforme o relatório, boa parte da verba - R$ 116 mil, 52% do total captado - foi parar nas contas de empresas e ONGs ligadas à família Sarney. A TV Mirante, veículo líder do grupo, teria ficado com R$ 67 mil. Outra parte, segundo o documento, ficou com a Rádio Mirante e a Gráfica Escolar, ligadas ao grupo, além da Associação dos Bons Amigos das Mercês, uma ONG dirigida pela família.O Centro Brasileiro de Produção Cultural (CBPC), mais uma entidade suspeita de ser comandada pelo grupo, obteve R$ 27 mil. As notas fiscais anexadas à prestação de contas revelam que a entidade tem por endereço o prédio onde funcionam a TV Mirante e o jornal "O Estado do Maranhão", da família. Fernando Sarney não respondeu às ligações para comentar a denúncia. O escritório do advogado Eduardo Ferrão, que defende a família Sarney, disse desconhecer o teor do relatório. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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