Olívio Dutra critica CPI da Segurança no RS

Por Agencia Estado
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O governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT), criticou a CPI da Segurança Pública, em entrevista coletiva no Palácio Piratini. O encontro com os jornalistas, motivado pelo retorno do governador de sua viagem de cinco dias ao Senegal, onde foi promover o a segunda edição do Fórum Social Mundial, teve o seu foco desviado para a CPI que, desde sexta- feira da semana passada, investiga a relação do governo estadual com o jogo do bicho. Munido de alguns números, Olívio Dutra salientou que, desde a sua posse, em 1º de janeiro de 1999, 214 policiais já foram afastados de suas funções e 12 bancas da ´zooteca´ foram ´estouradas´: "Além disso, vários processos sobre irregularidades foram enviados à Justiça, contrariando interesses de minorias dentro da polícia gaúcha". O governador, que estava acompanhado do vice Miguel Rosseto e do chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, reiterou que o secretário da Justiça e Segurança, José Paulo Bisol, tem carta branca para seguir com a atual política de segurança: "Ele está trabalhando com a nossa total confiança e, por isso, temos a certeza de que a sua linha de atuação é correta". Quanto a possibilidade de, futuramente depor na CPI da Segurança, o governador gaúcho foi taxativo: "Não vou comparecer, pois o governador, devido ao cargo que ocupa, não pode ser constrangido a se expor dessa maneira". Olívio Dutra também disse que não vai processar o presidente do Clube da Cidadania, Diógenes de Oliveira, por ter pedido, em uma conversa com o ex-chefe de Polícia, Luiz Fernando Tubino, para que não reprimisse o jogo do bicho, já que o PT tinha uma relação estreita este tipo de contravenção: "O Diógenes sabe que fez isso por conta própria, e que eu nunca tive nada com quer que seja do jogo do bicho. Não vou processá-lo. Isto vai ser decidido pelo Partido dos Trabalhadores". Diógenes de Oliveira vai depor pela primeira vez na CPI na segunda-feira, junto com o diretor de seguros do Clube, Daniel Verçosa Gonçalves.

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