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Odebrecht vai colaborar de 'forma incondicional' com justiça peruana

Em depoimento a parlamentares, representante da empresa no país reafirma negociações para ajudar investigações

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Por Redação
Atualização:

LIMA - A empreiteira Odebrecht propôs à Procuradoria-Geral do Peru um acordo para demonstrar a sua disposição em colaborar com a justiça "de forma incondicional" sobre os subornos a funcionários públicos peruanos entre 2004 e 2015. A informação foi confirmada pelo representante da empresa no país, Mauricio Cruz, nesta quarta-feira, 1º. 

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Em declarações à comissão parlamentar que investiga o escândalo de corrupção da Lava Jato no Peru, Cruz afirmou que a empresa "buscou o Ministério Público para demonstrar a intenção de ajudar a justiça e a partir daí entrou em um processo de colaboração, que está sob confidencialidade".

Após assumir a representação da Odebrecht em dezembro, Cruz explicou que a intenção do acordo é a de "confirmar que a empresa vai, de forma incondicional, colaborar com a justiça e entregar informações". O funcionário, no entanto, não informou quem será a pessoa encarregada de assinar este documento.

O representante afirmou ainda que a companhia também se colocou à disposição de pagar por este acordo e que "a empresa vai respeitar o cálculo que os investigadores fizerem".

Sede da Odebrecht em São Paulo Foto: JF Diório/Estadão

Segundo informação difundida sobre o acordo em 5 de janeiro, a Odebrecht ofereceu o pagamento de 30 milhões de soles (US$ 9 milhões) ao Estado peruano como adiantamento da multa pelas propinas que reconheceu pagar no país entre 2004 e 2015. Uma das obras pelas quais a empresa teria pago suborno foi a da Linha 1 do Metrô de Lima. 

Ante os parlamentares, Cruz disse que o montante difundido "não é o cálculo final".

O período que a Odebrecht diz ter pago propina compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016). O atual presidente do país, Pedro Paulo Kuczynski, afirmou na semana passada que a empreiteira deveria deixar o país. / EFE

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