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OAB quer investigação de Bastos sobre violação de sigilo

O presidente da OAB voltou a criticar o governo e o instituto da reeleição

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, defendeu a investigação do suposto envolvimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no episódio da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que já custou o cargo ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Durante o lançamento, em conjunto com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, Busato lembrou que Bastos já foi presidente da OAB, de abril de 1987 a abril 1989. "O Márcio é oriundo desta Casa e foi presidente. Mas ninguém está acima da lei", afirmou. "Se ele estiver envolvido, também deve ser punido". O presidente da OAB voltou a criticar o governo e o instituto da reeleição que, segundo ele, "foi nefasto, deletério e predatório e multiplicou males como a miséria e a corrupção". Em discurso feito durante a solenidade de lançamento da campanha, na sede da OAB, Busato disse que os governantes só pensam em se manter no poder. "Em regra (a reeleição) induz o governante a preparar, no primeiro mandato, a sua recondução e, no segundo, a pagar a conta da vitória", afirmou. A uma pergunta se o Conselho Federal da Ordem estava processando algum advogado envolvido em crime eleitoral, o presidente da OAB disse que a competência para isso é das 27 seccionais da OAB. Também na solenidade, o presidente da CNBB, D. Geraldo Majella, disse que, a princípio, não é contra a reeleição, mas que vai defender, junto aos fiéis, o julgamento, pelo voto, dos políticos que pretenderem disputar novos cargos. "O nosso povo não deve ser enganado. Por isso, precisa conhecer a verdade e participar ativamente", afirmou. Questionado qual seria o principal pecado do governo Lula, ele respondeu: "Está difícil descrever a ladainha".

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