OAB pede afastamento de Renan da presidência do Senado

As 27 seccionais seguem a mesma linha já manifestada pelo presidente da ordem

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Por Redação
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Os 27 presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defenderam nesta terça-feira, 10, o afastamento imediato de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado Federal, alvo de investigação no Conselho de Ética do Senado. Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista, nega as acusações e tenta provar sem sucesso seus rendimentos. O licenciamento do senador foi pedido pelo presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, e apoiado unanimemente pelos demais colegas. Ao apresentar a proposta, Damous afirmou que há indícios muito veementes em relação às denúncias que vêm sendo divulgadas em relação ao presidente do Senado e que, de fato, poderão levar a sua cassação. Já na última segunda-feira, o presidente nacional da ordem, Cezar Britto, disse que o grande complicador existente sobre Renan é o fato de o processo no Conselho de Ética sequer ter começado de forma correta, "demonstrando claramente que sua permanência como presidente do Senado está constrangendo os seus pares". Britto deu sua opinião após ser questionado sobre as novas denúncias contra Renan, de que ele teria beneficiado a empresa Schincariol em Alagoas. "Já nos manifestamos no sentido de que o mais correto seria determinar o seu afastamento para que tenhamos uma investigação livre e dizer, com clareza, se há ou não inocência do senador". Segundo Britto, o fato de se ter três relatores ao invés de um tratando do processo no Senado demonstra claramente que existe um constrangimento entre os senadores. O presidente da OAB espera que todo esse processo seja aclarado, para que não pairem dúvidas sobre aquele que ocupa um dos cargos mais importantes da República. "Mas só pode conseguir isso se a investigação for exercida de forma transparente (Com Renata Veríssimo, do Estadão)

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