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OAB divulga nota de repúdio a sindicalista que falou em 'pegar em armas'

'Atuamos para garantir a liberdade de manifestação, desde que ocorram sem violência', diz o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho

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Por Ana Fernandes
Atualização:

Atualizado às 21h59

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Brasília - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho, divulgou neste domingo, 16, nota na qual afirma que a presidente Dilma Rousseff “precisa pedir desculpar ao Brasil” por ter apresentado uma realidade econômica “inexistente” no período de campanha eleitoral.

“É chegada a hora de revelar esse engano, assumir os equívocos”, escreveu Coêlho na nota, que fala em crise ética, política e econômica. “Esse necessário gesto de sinceridade da presidente, que demonstrará humildade e amadurecimento político, apresenta-se como um fator importante na retomada da governabilidade do País para a estabilidade institucional”, afirmou o presidente da OAB.

Sem citar diretamente o nome do dirigente da CUT, a nota da OAB reafirma a posição da entidade de defender o princípio constitucional da livre manifestação dos cidadãos brasileiros, que neste domingo saíram às ruas para protestar. "Atuamos para garantir a liberdade de manifestação, desde que ocorram sem violência", diz o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho.

Na quarta-feira, a entidade vai lançar, em conjunto com as confederações da Indústria, do Comércio, da Agricultura, do Transporte, da Saúde e das Instituições Financeiras, uma “Carta à Nação”. O documento vai conter críticas à situação atual da economia e apontar sugestões para superar as dificuldades econômicas e políticas. 

Coêlho sugere que o governo tem dialogado apenas em momentos de crise e que é necessário ouvir “quem pensa diferente e não apenas os apoiadores”. “O Brasil é um País muito complexo e diversificado para um governo a quatro paredes. Dialogar significa não apenas fazer propaganda política, mas, efetivamente, ouvir as sugestões (...). É preciso saber ouvir as críticas”, escreveu.

O Conselho da OAB considera que um processo de impeachment contra Dilma depende da existência de comprovação de ato criminoso por parte da presidente. Por esta linha de raciocínio, a entidade avalia que atualmente não há fundamento para o impeachment.

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