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OAB defende cassação de Jader

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Rubens Approbato Machado, disse hoje que o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB), deve ser cassado mesmo que os crimes do caso Banpará já tenham prescrito. "Não se trata mais de um problema meramente judicial, mas ético e político. O Senado não pode ter em seus quadros uma pessoa envolvida em corrupção", afirmou Approbato. Segundo ele, a OAB já havia cobrado explicações de Jader sobre as acusações que lhe eram imputadas, antes mesmo de ele assumir a presidência do Senado. "Já naquela época nós falávamos que ele tinha um problema muito maior para resolver, que era o de responder as acusações de corrupção que o envolviam", disse Approbato, que participou ontem de uma palestra no Instituto dos Advogados do Brasil (IAB), no centro do Rio. "Dizíamos que existiam três senadores que estavam comprometidos eticamente e que deveriam sair (da Casa): José Roberto Arruda (sem partido), Antônio Carlos Magalhães (PFL) e Jader Barbalho (PMDB). Os dois primeiros já saíram, agora falta o último." O presidente da OAB contou que o ministro da Justiça, José Gregori, entregou no último domingo ao criminalista Luís Flávio Borges, integrante do Conselho Federal da entidade, uma cópia do plano de segurança nacional. Borges fará uma análise preliminar da proposta do governo até o fim da semana. Depois, o documento será entregue a Approbato, que o discutirá com outros integrantes da entidade. "Não concordamos com muitos pontos da proposta e queremos apresentar nossas idéias", disse. O próprio presidente da OAB defende a municipalização da segurança, com a extinção das polícias Civil e Militar. "A prefeitura tem uma noção mais ampla dos problemas de segurança que envolve a sua comunidade. A própria sociedade, por uma questão de proximidade, pode debater melhor esse problema com uma polícia municipal", acredita. A OAB já se manifestou contrária ao fim das associações policiais, mas mantém-se contra a concessão do direito de greve a essas corporações. "Somos contra qualquer proposta que possa desestruturar as atividades fins, essenciais, do aparelho de Estado, como é o caso da segurança", disse.

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