OAB critica ideia de vetar transmissão ao vivo do STF

Ideia é defendida pelo ministro Eros Grau; para Britto, sistema atual, 'com seus defeitos é melhor que censura'

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Por MARIÂNGELA GALLUCCI
Atualização:

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, criticou nesta quinta-feira, 21, a ideia defendida pelo ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), de acabar com as transmissões ao vivo das sessões de julgamento da Corte pela TV Justiça. "Caso o Supremo resolva vetar as transmissões ao vivo, estabelecendo a transmissão apenas de programas editados sobre as sessões de julgamento do Pleno, a questão é saber quem será o censor. O sistema atual, de transmissões livres, com todos os seus defeitos, é muito melhor que a censura ou edições controladas previamente", afirmou.O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, também se diz contra o fim das transmissões ao vivo. Segundo ele, elas contribuíram para a democratização do Judiciário. "Seria um grande retrocesso. Espero que os ministros votem contra", disse.O presidente da Comissão Nacional de Direitos Sociais da OAB, Roberto Caldas, afirmou que seria um "retrocesso" editar os julgamentos antes de transmiti-los. "Quando uma conquista dessa espécie se aperfeiçoa não pode haver volta. Do contrário, em termos jurídicos, seria um grande retrocesso que feriria princípios de direitos sociais e constitucionais". Ontem, o presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que o fim das transmissões não está sendo cogitado.

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