Na segunda-feira, dia 1º de fevereiro, os deputados e os senadores se reunirão presencialmente nos respectivos plenários – Câmara e Senado – para a eleição dos novos presidentes das duas casas legislativas. Ao longo da campanha, o governo de Jair Bolsonaro destinou R$ 3 bilhões para a realização de obras em redutos eleitorais de 250 deputados e 35 senadores. Além disso, o Planalto tem contribuído para as campanhas de Arthur Lira (Progressistas-AL), que pretende ser o próximo presidente da Câmara, e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que deseja comandar o Senado.
Mas por que essas duas cadeiras têm tanto valor? Pelo próprio desenho do regime democrático, o presidente da República não pode concentrar muito poder. Uma parte essencial da governabilidade do País depende da cooperação do Congresso Nacional. Os presidentes da Câmara e do Senado têm poderes para influenciar consideravelmente as decisões tomadas pelo Poder Legislativo, seja porque detêm o comando das agendas, seja porque podem escolher relatores de matérias de primeira importância. Além disso, cabe ao presidente da Câmara dar início à tramitação de qualquer pedido de impeachment.
O Estadão convidou quatro especialistas para explicar por que motivo é vital para Bolsonaro ajudar a eleger aliados aos dois postos.