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'O PT sim é privatizante', diz Serra no PR

Por ROGÉRIO FISCHER
Atualização:

O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, disse hoje, em Londrina (PR), que privatização não é um tema relevante para a campanha presidencial. "É tema relevante para o PT, que inventa coisas em época de eleição para ganhar votos. E fica criando factóides, até porque não há mais nada a ser privatizado", afirmou. "O PT sim é privatizante. Diminuiu a participação do Estado no Banco do Brasil", afirmou. Serra disse que vai "desprivatizar" o Estado. "Pretendo estatizar órgãos públicos para que eles cumpram suas reais finalidades. Hoje os órgãos públicos estão sendo apropriados por partidos e turmas de políticos." E citou os Correios como exemplo de órgão público que sofreu "roubalheiras sucessivas" e a Petrobras como uma entidade que vem sendo aparelhada e utilizada politicamente."Vou devolver aos órgãos públicos o caráter estatizante, fortalecendo o funcionalismo de carreira para que esses órgãos cumpram suas finalidades e não sirvam a interesses partidários", afirmou o candidato, que atribuiu aos adversários o tom mais agressivo que a campanha ganhou nos últimos dias. "Meus adversários realmente azedaram a campanha, com um bombardeio de falsidades", disse. "Continuo com o mesmo tom do primeiro turno: uma campanha propositiva, com ênfase em saúde, educação e segurança, que são as soluções que o País quer."CarreataEsta foi a terceira visita de Serra a Londrina na campanha presidencial. No primeiro turno, o presidenciável tucano recebeu na cidade 56% dos votos válidos, contra 23% de Marina Silva (PV) e 18% de Dilma Rousseff (PT). Estava acompanhado do governador eleito do Paraná, Beto Richa, que recebeu 71,8% dos votos válidos em Londrina. O candidato foi recebido no aeroporto por cerca de 400 pessoas que portavam bandeirolas de campanha e faixas. Em um delas estava escrito "Em memória das vítimas do aborto". A faixa foi erguida por integrantes da Sociedade Organizada Anticomunista (Soaco).Do aeroporto, Serra percorreu aproximadamente três quilômetros em carreata até o centro da cidade. No calçadão, permaneceu uma hora cercado por centenas de pessoas, quando conseguiu andar poucos metros. O candidato entrou em lojas e deixou-se fotografar com dezenas de pessoas. Foi assediado principalmente por jovens.

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