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'O Brasil não é a Venezuela', diz Aécio sobre 3º mandato

Para o governador de Minas, o Brasil tem 'instituições sólidas, diferentemente do país de Hugo Chávez

Por Eduardo Kattah
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta quarta-feira, 31,que não acredita na possibilidade de uma mudança constitucional que permita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar um terceiro mandato. "O Brasil não é a Venezuela. Acho que temos instituições muito sólidas", afirmou Aécio em entrevista à Rádio Bandeirantes, de Zurique, na Suíça, onde participou da solenidade oficial de anúncio do País como sede da Copa do Mundo de 2014.  Veja Também: Lula descarta 3o mandato e diz que prioridade é crescimento 'Discussão sobre 3º mandato não tem cabimento', diz Tarso Aécio ironiza proposta de 3º mandato para Lula em 2010   Segundo o governador mineiro, o próprio Lula não deve ter interesse num terceiro mandato. "Faço até justiça ao presidente. Pode até ser que em seu entorno alguns áulicos ainda alimentem esse sonho. Mas não é bom para o Brasil, não é bom para o presidente Lula e não acredito que ele pessoalmente tenha esse interesse". Aécio observou que considera "até legítimo" que o presidente volte a se candidatar no futuro, pois "terá, provavelmente, idade para isso". "Mas mudar a Constituição nesse instante é um desserviço à democracia e o Brasil não aceitaria isso de forma alguma", salientou. De acordo com o governador, a eleição presidencial de 2010 será a primeira direta nos últimos 40 anos "sem o Lula na chapa". "A última eleição presidencial que nós tivemos foi com Jânio (Quadros), obviamente, antes da revolução, antes do golpe de estado, e depois todas as outras eleições nós tivemos Lula na cédula. Isso por si só já é um fator que mudará e muito a própria percepção das pessoas em relação à disputa". Questionado sobre uma nova "política do café com leite" e se estaria na hora de Minas Gerais voltar ao poder - numa referência à sua eventual candidatura -, o tucano foi ponderado e disse que São Paulo e Minas "sempre terão um papel muito importante na vida do País".

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