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'Nunca pensei que ia ver a democracia', diz Dilma

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Por Adriana Fernandes
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A democracia é uma das três coisas que a presidente Dilma Rousseff não esperava ver acontecer no Brasil. Em entrevista especial para a estreia da nova temporada do programa Esquenta, da TV Globo, a presidente, que foi presa e torturada durante a ditadura militar, afirmou que durante sua juventude jamais imaginou presenciar a retomada do regime democrático. "Eu nunca pensei que ia ver a democracia", disse.Na entrevista concedida à apresentadora Regina Casé, a presidente disse que o trabalho à frente da Presidência da República é difícil e desafiador, mas é bom. "É por isso que é sábia a democracia. Ninguém pode ficar presidente eternamente", disse. Dilma deve concorrer à reeleição em 2014. Mesmo com a economia patinando nos dois primeiros anos de seu mandato, a presidente incluiu o crescimento econômico entre as coisas que estão acontecendo atualmente no País, mas que não era esperado anos atrás. O pagamento da dívida brasileira com o Fundo Monetário Internacional completa a lista. "Tenho orgulho imenso de ver o Brasil ter pago o FMI".Bem mais descontraída do que o usual, a presidente contou que torcia muito pela escola de samba Beija Flor e o carnavalesco Joãozinho Trinta e que não esquece o dia em que um varredor do Sambódromo a tirou para dançar na passarela do samba. Com fama de intransigente com os seus auxiliares, a presidente revelou ainda o nome de quem diz não para ela: o neto Gabriel. "Eu fico absolutamente encantada e vendida com o meu neto. Ele bota banca e está na fase do não. Fica bravíssimo".Durante a entrevista, Regina Casé perguntou se era mais difícil ser uma presidente mulher. Dilma respondeu que não. O mais difícil, segundo ela, é ser uma pessoa comum, porque ainda há muita violência contra as mulheres e diferença de salários e oportunidades.Apesar da economia brasileira ter crescido apenas 2,7% em 2011 e caminhar para uma alta de 1% este ano, Dilma afirmou que o Brasil está crescendo e essa expansão acontece com uma melhor distribuição de renda. A entrevista foi gravada há três semanas, antes da divulgação do fraco resultado do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, em um dos hospitais da Rede Sarah de Reabilitação, em Brasília.A presidente apontou ainda o aumento da competitividade como o grande enfrentamento que o País faz hoje para dar um novo salto de desenvolvimento. Segundo ela, o ex-presidente Lula deu um primeiro salto ao conseguir tirar o País de uma "situação pior". "Nós temos que ser capazes, através da educação, de produzir mais e agregar valor aos produtos e gerar inovação e tecnologia". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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