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Número 2 do Trabalho depõe à PF por suspeitas de fraude

Secretário-executivo da pasta foi conduzido à Polícia Federal para esclarecer convênios com organização suspeita de desvios; operação executa mandados em 10 Estados

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Por Redação
Atualização:

Brasília - O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paulo Roberto dos Santos Pinto, foi conduzido nesta segunda-feira, 9, de forma coercitiva pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre irregularidades em convênios da pasta com uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de Minas Gerais. Os agentes abordaram o secretário na residência dele, pela manhã, levando-o para prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. O secretário foi até a PF dirigindo o próprio carro.

 

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Segundo a assessoria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o secretário já foi liberado e está "trabalhando normalmente" na sede da pasta. O secretário-executivo é o segundo na hierarquia da Pasta, abaixo apenas do ministro, atualmente Manoel Dias.

 

Agentes cumpriram também mandados de busca e apreensão na sede do MTE. Chegaram por volta das 7 horas e fecharam o terceiro andar, onde fica a Secretaria de Políticas de Empregos. Saíram por volta das 10 horas, levando documentos.

 

Responsável pela ação no MTE, o delegado Eduardo Izel não forneceu detalhes sobre a operação, alegando que somente auxiliava a equipe de Minas Gerais. O MTE diz que aguarda a realização de entrevista da PF em Belo Horizonte, ainda hoje, para se manifestar. Há informação que mais outros dois servidores da Pasta também foram alvo dessa operação, mas o Ministério do Trabalho não confirma essa informação.

 

A ação desta manhã no MTE faz parte da Operação Esopo, deflagrada pela Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União para apurar indícios de prática de diversos crimes, incluindo fraude à licitação, corrupção, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, entre outros pontos. Estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão temporária e 12 de condução coercitiva, além de 44 mandados de busca e apreensão em empresas, órgãos públicos e residências dos suspeitos. As ações ocorrem simultaneamente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, além do Distrito Federal.

 

No início da semana passada, haviam sido presos oito alvos da "Operação Pronto Emprego", que investiga desvio de R$ 18 milhões de convênio do MTE. Sobre essa operação anterior, o ministério emitiu nota informando que "determinou a suspensão de repasses de recursos financeiros à entidade investigada e a abertura de auditoria nos convênios", entre outras medidas.

 

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