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Novos cargos na Assembleia geram custos trabalhistas, diz líder do PSOL

Carlos Giannazi representa único partido com acento na Casa a se manifestar contrariamente ao aumento de assessores em cargos comissionados

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Por Redação
Atualização:

O PSOL foi o único partido com acento na Assembleia a se manifestar contrariamente ao aumento no número de assessores parlamentares em cargos comissionados. Para Carlos Giannazi, único deputado da legenda, a proposta "vai gerar custos trabalhistas".Por que o PSOL foi contra o projeto?Se a proposta não gerasse nenhum custo, se fosse apenas uma flexibilização interna, não haveria problema. Só que ela vai gerar custos trabalhistas para a Assembleia Legislativa - um custo que pode ser muito alto. Em um momento em que todos os órgãos públicos estão fazendo contenção, em um momento de ajuste fiscal e corte orçamentário, a Assembleia tem que dar o exemplo. O Legislativo já consome R$ 680 milhões do erário público do Estado de São Paulo - e é improdutivo, não legisla e vive em uma profunda inércia. A Casa sequer faz jus ao que gasta, então o PSOL não apoia nenhuma proposta que aumente custos.Como o senhor avalia a união de todos os outros partidos em favor da proposta?Foi uma decisão do colégio de líderes. Mas nós, do PSOL, decidimos não apoiar isto, porque entendemos que há outras prioridades para a Assembleia que criar mais despesas para o Estado e para o contribuinte. Porque quem vai pagar é o contribuinte.Quais deveriam ser as prioridades?A primeira coisa é fiscalizar o poder Executivo e instalar CPIs que investiguem o governo. E não ficar com comissões folclóricas, como a CPI do implante dentário. Isso é uma afronta ao erário público. Há mais de 4 mil projetos parados na pauta de votação, mais de 500 vetos a serem derrubados, e a Assembleia fica discutindo aumento de cargos? É que a Casa vive para seus próprios interesses, não tem vínculo com a realidade. virou um cartório. E este é mais um caso.A Assembleia tem que ser produtiva para a sociedade e não para si própria.

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