BRASÍLIA - Em um gesto de aproximação, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori, foi nesta segunda-feira, 16, ao gabinete da ministra Eliana Calmon, corregedora-nacional de Justiça, para pessoalmente convidá-la para sua posse. A inspeção que iniciou no TJ de SP gerou a crise entre Judiciário e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).Sartori atribuiu à imprensa parte da responsabilidade pela crise e afirmou que a ministra, ao promover a investigação no CNJ, está bem intencionada. "Às vezes a pessoa está bem intencionada em fazer alguma coisa, investigar. Aí surge uma certa dissonância que a imprensa fomenta e isso se transforma em algo maior do que realmente é", disse Sartori na saída do gabinete da ministra, em Brasília. A posse de Sartori está marcada para o dia 6 de fevereiro. Mas desde o início do ano, o desembargador está no comando do tribunal.Na terça-feira, 17, Sartori se reúne com integrantes do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para obter mais informações sobre as movimentações financeiras consideradas atípicas feitas por pessoas ligadas ao tribunal. O relatório do Coaf entregue ao CNJ mostrou que concentra-se na Justiça de São Paulo, do Rio e da Bahia a maior quantidade de operações identificadas como atípicas pelo órgão de combate à lavagem de dinheiro.