Novo presidente do Conselho é acusado de integrar quadrilha

Quintanilha é alvo de inquérito no STF por corrupção e lavagem de dinheiro

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Por Redação
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Eleito para proteger o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética, o novo presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele é acusado de integrar uma quadrilha, desmantelada pela Polícia Federal e o Ministério Público em 2002, que fraudava licitações e desviava recursos públicos destinados a obras no Tocantins. O senador nega a acusação e garante que será inocentado. Quintanilha foi escolhido na última quarta-feira, 27, presidente do Conselho de Ética no lugar do senador Sibá Machado (PT-AC), que deixou o cargo alegando pressões. O órgão cuida do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista. A investigação policial encontrou 14 cheques no valor de R$ 283.200 em favor de um irmão e um assessor do senador, depositados por uma empreiteira beneficiária de obras com recursos de emendas apresentadas por Quintanilha. A quadrilha, conforme a denúncia, que corre em segredo de justiça no STF, envolve 61 pessoas. Além de fraudar licitações, superfaturar obras e às vezes sequer construí-las, as empreiteiras repassavam parte do dinheiro a familiares e assessores de parlamentares que destinavam recursos aos esquema. A contabilidade da propina, chamada pelos investigadores de "balancete da corrupção", foi encontrada pela PF no escritório da empreiteira Mendes & Facchini, espécie de bunker da quadrilha.

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