
06 de fevereiro de 2012 | 18h48
"Entendo que serei cobrado e darei resposta à obstinação de uma presidente. Já estou me preparando para enfrentar o espancamento de projetos", disse Ribeiro. O "espancamento" já havia sido comentado pelo ministro Aloizio Mercadante, que semanas passadas aconselhou o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, a se acostumar com a cobrança da presidente.
Ribeiro assume uma pasta envolvida em uma série de denúncias e cujo andamento de obras era motivo de descontentamento da própria presidente. No seu discurso, ele prometeu "interlocução com os órgãos de controle" e fiscalização.
"Venho de uma família de uma tradição política e nos dias atuais é forçoso reconhecer que vivemos um clima de grande e, até certo ponto justificado, ceticismo em relação aos políticos", admitiu. "Tratarei da interlocução com os órgãos de controle e fiscalizarei as obras. Ser um bom gestor significa entender antes de tudo que só existe trabalho em equipe."
Conforme noticiou o jornal "O Estado de S.Paulo" nos últimos dias, além de destinar emendas para Campina Grande (PB), município em que a irmã é pré-candidata a prefeito, e de pedir prioridade em repasses para a prefeitura de Pilar, governada pela mãe, o novo ministro das Cidades empregou no gabinete na Câmara pelo menos dois primos.
O novo ministro assume a pasta comandada até então por Mário Negromonte, que teve o nome envolvido em denúncias e acabou rifado pelo próprio partido. Em um rápido discurso, de cinco minutos, Negromonte disse que não houve nenhuma irregularidade em sua gestão. "Saio como entrei, sem nenhum processo e de cabeça erguida".
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