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Novo ministro continuará negociação de Mares Guia sobre CPMF

Múcio foi considerado substituto natural por ter sido o coordenador da aprovação do tributo na Câmara

Por Tania Monteiro e e Reuters
Atualização:

O novo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse nesta quinta-feira, 22, que dará continuidade ao trabalho de seu antecessor, Walfrido dos Mares Guia, principalmente em torno das negociações para a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo ele, essa é uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.   Múcio foi considerado um substituto natural pelo governo, já que é do mesmo partido de Mares Guia e foi o responsável pela bem-sucedida coordenação da bancada do governo na votação da prorrogação da CPMF na Câmara. A primeira tarefa de Múcio será justamente tentar garantir ao governo uma nova vitória na CPMF, agora no plenário do Senado. A articulação com o Congresso é função da pasta das Relações Institucionais e Múcio tem bom trânsito nas duas Casas.   Veja Também:    Entenda o mensalão mineiro  Denúncia ao STF derruba ministro das Relações Institucionais Mares Guia pede afastamento e diz que acusação é 'injusta' Denúncia contra Azeredo contamina congresso do PSDB CPMF fica prejudicada com saída de Mares Guia, diz especialista Veja quem são os 15 denunciados pelo mensalão mineiro  Confira a íntegra da denúncia   Denúncia é chance para comprovar inocência, diz Azeredo FHC não defende Azeredo e diz que 'quem tem culpa, paga'   "Todos nós vamos nos debruçar como estávamos debruçados. Não há solução de continuidade nos trabalhos porque nós já vínhamos acompanhando e ajudando o ministro", afirmou. O substituto de José Múcio na liderança do governo na Câmara será o deputado Henrique Fontana (PT-RS), que ocupava a vice-liderança.   Mares Guia deixou o cargo após a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é um dos 15 suspeitos de envolvimento no mensalão mineiro, suposto uso de caixa 2 na campanha de reeleição do então governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. Azeredo e o publicitário Marcos Valério também fazem parte da denúncia.   O novo ministro foi designado para o cargo no dia em que a bancada de seu partido no Senado decidiu sair do bloco de apoio ao governo e liberar os senadores para votar como quiserem na questão da CPMF.   No entanto, Múcio afirmou que o seu partido não rachou com o governo e continua integrando a base aliada. "Há num mal entendido. O que acontece no Senado, já aconteceu há algum tempo na Câmara. O PTB não rachou com o governo, continua integrando a base", afirmou ele ao comentar a decisão dos seis senadores do PTB de deixar o bloco governista.

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