BRASÍLIA - Um dia depois de o PMDB eleger um aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para liderar a bancada do partido na Câmara, o ministro-chefe das Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse nesta quinta-feira, 12, que o governo não está "tremendo nas bases" com a eleição de Leonardo Picciani (RJ) para o posto.
"(O governo) Não está tremendo nas bases porque o PMDB elegeu o seu líder, é um processo tranquilo, já falei com o Picciani ontem", disse Pepe Vargas a jornalistas, depois de participar de reunião do Sistema de Assessoramento para Assuntos Federativos (SASF), no Palácio do Planalto. "Não tenho nenhum problema com ele (Picciani), não", comentou o ministro.
Em entrevista ao Estado, Picciani defendeu uma candidatura própria do PMDB para a Presidência da República em 2018. Picciani, que nas eleições de 2014 apoiou a candidatura de Aécio à Presidência, se disse disposto a dialogar com o governo, mas afirmou que o partido não vai abrir mão de defender suas teses.
De acordo com o deputado, a criação de uma CPI da Petrobrás "não é para favorecer nem prejudicar o governo". "A visão que temos da CPI é que ela precisa esclarecer os fatos, punir eventuais culpados, mas sobretudo recuperar a credibilidade da Petrobrás", disse o peemedebista.
Conforme informou nesta quinta-feira o Estado, na tentativa de reagir à crise política que enfrenta com uma série de derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu recorrer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reúne hoje em São Paulo.
Questionado se ter Picciani como líder do PMDB na Câmara e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como presidente da Casa não seria "demais", Pepe Vargas respondeu: "Não, não é demais, não."