O governador eleito por Mato Grosso, o senador Pedro Taques (PDT), avalia que o resultado da eleição presidencial mostra que o Brasil está dividido. Disse esperar, porém, que, no segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff "olhe com mais atenção" para o Estado.
Taques foi eleito no 1.º turno, no dia 5, numa disputa em que teve como principal adversário o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), o médico Lúdio Cabral. Obteve 57,2% dos votos válidos, ante 32,4% do petista.
No 1.º e no 2.º turnos das eleições para presidente, ele apoiou e pediu voto para o candidato tucano Aécio Neves. Nas eleições presidenciais em Mato Grosso, o PT também perdeu para o candidato tucano: segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Aécio teve 54,67% dos votos no Estado e Dilma Rousseff, 45,33%.
Na opinião de Taques, a "vitória de Aécio Neves em Mato Grosso reforça o sentimento de mudança da nossa população, já expressado nas urnas com a vitória do nosso grupo na disputa ao governo do Estado’’. Ele espera que nesta “nova oportunidade de governar, a presidente Dilma Rousseff olhe com mais atenção para Mato Grosso, dando a importância que merecemos".
Para ele, o fato de ter feito oposição à candidatura da petista não trará consequências para sua administração. "Superada a disputa nas urnas, é hora de trabalhar para levar ao cidadão equipamentos públicos de qualidade", observou Taques. "Para tanto, contamos com o apoio do governo federal na destinação de recursos e aplicação de programas que irão mudar a vida da população."
Segundo Taques, agora é preciso olhar para o futuro. "Cheio de esperança, espero que possamos verdadeiramente colocar em prática a palavra mais usada durante esta eleição: mudança", disse.
Porém, na avaliação do presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, a reeleição da presidente significa que "parte da população aprova o governo realizado por ela nos últimos quatro anos".
Em nota, o presidente estadual do PSDB, Nilson Leitão, avaliou que as regiões Norte e Nordeste do País compactuaram com o que ele classificou como "descaso" do governo do PT. "O Centro Oeste, Sudeste e Sul foram regiões do País que demonstraram não compactuar mais com tanto descaso do Governo do PT nos últimos 12 anos, pensamento controverso ao da população do Norte e do Nordeste, mas que deve ser respeitada, pois foi a vontade da maioria da população através dos votos nas urnas", diz na nota do líder tucano no Estado.