06 de julho de 2021 | 05h00
O crescimento da violência doméstica no Brasil, antes e depois da pandemia, é o tema do novo episódio do programa Lado D. O quarto capítulo da série de debates, já disponível no site do Estadão, tem a participação da advogada criminalista Gizelly Bicalho e da tenente-coronel Claudia Moraes, oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Apresentado pelo cientista político Luiz Felipe d’Avila, o programa é uma parceria do Estadão com o Centro de Liderança Pública (CLP) e traz semanalmente debates entre influenciadores e personalidades sobre temas que definem os rumos do País. Nesta edição, o Lado D terá o depoimento de duas profissionais que trabalham diretamente com projetos de combate à violência.
Uma das idealizadores da Patrulha Maria da Penha no Rio, Claudia conta que a violência contra mulheres e crianças aumentou com o isolamento em meio à crise da covid-19. “Temos o fenômeno da subnotificação, da ausência de registro e, quando a gente fala desses crimes que acontecem dentro de casa – no âmbito de relações familiares, afetos e relacionamentos íntimos – isso se torna mais dramático ainda”, conta a tenente coronel.
Já Gizelly, que além de advogada criou uma ação social para divulgar informações sobre violência e empoderamento feminino nas redes sociais, diz que o Brasil está atrasado em relação ao resto do mundo no tema. “Nós mulheres hoje somos tão violentadas porque vivemos em um país patriarcal extremamente machista, nós somos vistas como objeto”, diz Gizelly, que é ex-participante do programa BBB, na TV Globo.
Os episódios do Lado D são semanais, sempre às terças-feiras e com duração máxima de 20 minutos. As gravações, realizadas de forma presencial, respeitaram recomendações de segurança sanitária em meio à pandemia da covid-19, incluindo o distanciamento entre os participantes. Os episódios são veiculados nas plataformas digitais do CLP e do Estadão.
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