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Novo diretor da PF quer menos exposição de suspeitos presos

Em posse, Corrêa e Tarso reforçam a idéia de que, na nova gestão, PF não terá 'pirotecnia'

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Por Vannildo Mendes
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, empossou nesta segunda-feira, 3, o delegado Luiz Fernando Corrêa como novo diretor-geral da PF, em substituição ao delegado Paulo Lacerda, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A solenidade foi prestigiada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, em cuja gestão o órgão ganhou grande visibilidade no País e no exterior com uma política forte de combate à corrupção. Veja também: Lacerda pede lei que autorize 'grampo' da Abin Tarso afirmou que a Polícia Federal continuará realizando megaoperações de combate à corrupção e ao crime organizado de forma isenta e sem se submeter a qualquer tipo de pressão política. Mas destacou que, daqui por diante, terá cuidado de evitar a exposição de pessoas presas, a chamada pirotecnia. "O que vai ocorrer é a continuidade das ações de combate ao crime organizado, mas, a partir da avaliação de conjunto, tendo mais cuidado com exposição de pessoas", disse. Corrêa reforçou o argumento contra pirotecnia: "O destaque do nosso trabalho não deve ser a imagem da PF, mas o conteúdo da ação e o resultado para a sociedade. A imagem de sucesso da PF não deve ser marcada pela imagem de alguém sendo jogado num camburão", enfatizou. Ele disse que vai adequar a capacidade operacional de prisão, com o objetivo de evitar exploração de imagem de pessoas investigadas. Disse também que não se trata de uma critica ao passado. "É um processo evolutivo. A sociedade está evoluindo e nós também como instituição. A sociedade quer que se combata o crime, mas sem exageros contra os direitos dos cidadãos".

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