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Novas denúncias são 'insustentáveis', diz Mercadante

Por WLADIMIR D'ANDRADE
Atualização:

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, classificou hoje como insustentável denúncia publicada no fim de semana passado, pela revista "Veja", que volta envolvê-lo no episódio que ficou conhecido como "dossiê dos aloprados". A publicação divulgou conteúdo de gravação na qual o atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Expedito Veloso, afirma que Mercadante autorizou a tentativa de compra de um dossiê, em 2006, para prejudicar o então candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, José Serra."Cinco anos depois, uma pessoa que eu só vi uma vez na vida reaparece com uma denúncia, que é insustentável", disse o petista, durante almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresarias (Lide), na capital paulista.O petista negou também o envolvimento da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no episódio. "E cinco anos depois, tentar envolver a Ideli, que acabou de ser nomeada para o ministério, sem nenhum indício, é inaceitável". Mercadante disse também que amanhã comparecerá à audiência pública no Senado e afirmou que responderá a toda e qualquer questão feita pelos parlamentares a respeito do caso.Mercadante recorreu à nota divulgada neste fim de semana por Expedito Veloso, na qual o secretário-adjunto nega ter citado nomes na entrevista dada à revista. No comunicado, Veloso diz ser "de estrita responsabilidade do repórter as afirmações que constam da matéria".O ministro disse ainda que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na época para investigar o episódio do dossiê. "O meu nome não foi nem citado no relatório final". Mercadante mencionou parecer da Procuradoria-Geral da República, o qual, segundo ele, não mostrou qualquer indício do envolvimento do ministro no episódio e a absolvição unânime no Supremo Tribunal Federal (STF).QuérciaO ministro disse ainda que a denúncia da revista afirma que o dinheiro para a compra do dossiê veio do PT paulista e do então candidato ao governo de São Paulo, Orestes Quércia (PMDB), morto no fim de 2010, com o objetivo de levar a eleição para o segundo turno. "Não haveria como fazer essa ligação, mesmo se o Quércia estivesse vivo. Ele também negaria essas suspeitas".

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