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Nova testemunha afirma que morte de Toninho do PT foi planejada

Sem provas, MP descartou reabrir o caso. Identidade do denunciante está sob sigilo

Por Agencia Estado
Atualização:

Surgiu uma nova denúncia sobre um suposto plano para assassinar o ex-prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT. A denúncia foi feita por um ex-funcionário de alto escalão de uma empresa do serviço público na cidade, que segundo o promotor Ricardo Silvares, decidiu falar após ver depoimentos e entrevistas da viúva do ex-prefeito, Roseana Garcia. Sem provas, o MP descartou reabrir o caso. A nova testemunha tem a identidade mantida sob sigilo, assim como os detalhes das informações prestadas ao Ministério Público. Segundo o promotor, ela contou que ouviu uma conversa entre diretores da empresa dez dias antes da morte de Toninho. Na conversa, os diretores mostravam descontentamento de algumas pessoas com o prefeito e teriam dito ser necessário ´dar baixa´ no prefeito. Apesar da conversa, Silvares diz que a testemunha não chegou a ouvir qualquer tipo de planejamento ou uma afirmação mais incisiva de que iria realmente haver o crime. Além do suposto plano para matar o ex-prefeito, a testemunha afirmou ter presenciado irregularidades cometidas pela administração pública entre os anos de 1995 e 2002, quando foram prefeitos Francisco Amaral (ex-PPB e atualmente no PMDB) e, a partir de 2000, Izalene Tiene (PT). Entre as irregularidades citadas estão pagamentos por serviços não realizados e de propinas em mais de um setor da prefeitura. Não haveria apenas uma empresa e sim várias. Segundo o promotor, a testemunha citou nomes. Para advogado, denúncias são graves O advogado da família de Toninho, André Guimarães, diz que algumas das informações que foram apresentadas são passíveis de comprovação, inclusive documental, pelo que chamou de "profundidade de detalhes e coerência das informações". Ele classificou as novas denúncias de "extremamente graves". Mas, para a Promotoria, "somente vai ser acrescentado ou mudado alguma coisa da parte do MP se houver provas efetivas. Aí sim, o MP pode fazer uma acusação contra alguém", diz Silvares. As investigações concluíram que o prefeito foi morto por atrapalhar a fuga de integrantes da quadrilha do seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho. A prefeita Izalene Tiene, por meio de sua assessoria de imprensa, descartou qualquer caso de corrupção durante sua administração. Sobre a morte do ex-prefeito, ela afirmou que as investigações devem continuar. Já o ex-prefeito Francisco Amaral também negou corrupção durante a gestão dele.

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