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PSDB quer apoio das ruas para sua tese

Sigla espera que grupos ligados à organização de protestos contra Dilma os ajude a pressionar TSE

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau e Ana Fernandes
Atualização:

Atualizado às 22h08

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São Paulo - O PSDB quer o apoio dos grupos que organizam os atos contra a presidente Dilma Rousseff para sua proposta de pressionar o Tribunal Superior Eleitoral pela realização de novas eleições. Os tucanos querem levar essa bandeira para as ruas nas manifestações marcadas para 16 de agosto próximo.

A ideia de se aproximar dos grupos foi discutida pela cúpula tucana em Brasília no domingo e reverberada na 12.ª Convenção Nacional do PSDB, no mesmo dia. No evento, tucanos evitaram falar em impeachment e apostaram em novas eleições antes de 2018.

O líder no movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer, afirma que o grupo “está indo na direção” de incluir o TSE entre os motes do ato de 16 de agosto e o pedido de novas eleições. “Será uma das bandeiras que vamos carregar. Isso está dentro das nossas demandas.”

A porta-voz da Aliança – frente que reúne 43 grupos anti-Dilma –, Carla Zambelli, disse que os ativistas estão “aventando” a possibilidade de, no dia 16, adotar a bandeira das novas eleições. “Mas não deixaremos de falar em impeachment.”

Um dos grupos, no entanto, quer que o PSDB abrace a causa do impeachment, rejeitada pelo partido. “Quero ver Aécio (Neves, presidente do PSDB) apoiar o impeachment e parar de chamar isso de golpismo. As pessoas não estão nas ruas para aplaudi-lo”, diz o porta-voz do Movimento Brasil Livre, Renan Silva.

Alternativa. Os movimentos sociais debatem uma resposta ao que consideram uma ofensiva da direita contra a democracia ao mesmo tempo em que condenam articulações pró-impeachment. “Temos que enfrentar esse golpismo da direita, mas isso não significa defender o governo”, disse o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.

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Na segunda-feira, o MTST coordenou reunião com outros movimentos para debater 0 cenário político do País “contra a direita por mais direitos”. A reunião escolheu o dia 20 de agosto para um ato de “resposta” ao protesto do dia 16. Na pauta, a defesa de direitos trabalhistas e de minorias.

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