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Nova droga pode ser solução para o colesterol

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma droga experimental pode aumentar dramaticamente os níveis de HDL, o colesterol bom, no sangue oferecendo um novo modo de prevenir ataques cardíacos. O medicamento, chamado torcetrapib, também reduz o LDL, o mau colesterol. Num estudo preliminar, os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e Universidade Tufts descobriram que a droga dobra o HDL em pessoas com baixos níveis da substância. O bom colesterol reduz os riscos de doenças cardíacas, enquanto o mau é uma das principais causas de ataques do coração. Até agora, os médicos concentraram-se primordialmente em baixar as taxas do LDL, dado aos pacientes drogas usadas por milhões de pessoas que as reduzem mas têm efeitos colaterais, especialmente sobre o fígado. Essa pesquisa ? uma das que estão em desenvolvimento exatamente visando a aumentar os níveis de HDL ? teve um alcance pequeno, envolvendo apenas 19 pacientes, mas seus resultados impressionantes sugerem que a torcetrapib pode ter efeitos poderosos. Serão necessários, entretanto, mais alguns anos antes que possa ser lançada no mercado. O próximo passo será testar sua segurança e eficácia em um número muito maior de voluntários para demonstrar se altas taxas de HDL realmente resultam em menos ataques cardíacos. ?Uma das maiores questões que teremos de responder é se elevar o nível de HDL do normal para alto realmente reduzirá o risco em pessoas com alta taxa de LDL?, diz o principal autor do estudo, Daniel Rader especialista em medicina cardiovascular preventiva. O torcetrapib bloqueia a atividade de uma proteína que atua como uma balsa transferindo colesterol do barco HDL para o barco LDL. Como resultado, os níveis de HDL se elevam e os do LDL caem. A pesquisa, paga em parte pelo laboratório Pfizer Inc., fabricante da torcetrapib, acaba de ser publicada na revista médica New England Journal of Medicine. Atualmente, a única substância capaz de elevar o HDL à disposição no mercado é a vitamina niacina, mas seus efeitos são modestos e as reações colaterais, como coceiras e calores da menopausa, incomodam os pacientes.

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