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Nos Estados Unidos, Ciro Gomes diz que está ‘aflito’ com desenrolar da prisão de Lula

Ex-ministro do governo petista, presidenciável do PDT diz que 'parte importante do coração' está em São Bernardo

Por Cláudia Trevisan
Atualização:

BOSTON - O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, disse nesta sexta-feira em Boston que está “aflito” em relação à situação provocada pelo mandado de prisão expedido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro da Integração Nacional. “Parte importante do meu coração está neste momento em São Bernardo do campo, onde milhares de brasileiros se reúnem”, afirmou. “Espero que não surja um cadáver, especialmente entre inocentes que não merecem isso de lado a lado.”

Mas o ex-governador do Ceará afirmou ter confiança na “prudência” de Lula. “Na medida em que o anúncio é de que ele não cumprirá a ordem de se entregar em Curitiba, que eu considero também arbitrária, imagino que seus advogados estão mantendo entendimentos para que se deslinde essa situação extremamente delicada e constrangedora”, declarou durante a Brazil Conference at Harvard & MIT. 

O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes Foto: Werther Santana/Estadão

Ciro iniciou sua intervenção com referência à aglomeração de pessoas em torno do berço político do ex-presidente.Parte importante do meu coração está neste momento em São Bernardo do Campo, onde milhares de brasileiros se reúnem e eu peço a Deus que dê luz para que se possa deslindar esse momento delicado da vida nacional brasileira.”

Diante de uma plateia de estudantes brasileiros das duas instituições americanas, Ciro aproveitou para promover sua candidatura. “O futuro presidente do Brasil pode não ser o Lula e pode eventualmente estar mais perto da gente do que vocês imaginam”, afirmou, despertando risos da audiência. 

Ex-ministro de Relações Intitucionais dos governo Lula, Alexandre Padilha disse que sua mulher, Thássia Alves, esteve com o ex-presidente na manhã desta sexta-feira. 

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"O presidente esta tranquilo. Todos que chegam indignados, ele trata de tranquilizar”, disse. Também em Boston, Padilha disse ter recomendado ao presidente que resista à prisão de maneira pacífica.